Wednesday, December 05, 2007

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Tuesday, October 09, 2007

“CONFIRMAÇÃO”

No mesmo dia em que escrevi o texto “Uma Reunião de Amigos” senti a necessidade de ter uma confirmação a respeito de tudo aquilo. Desde as impressões acerca daquele antigo sonho até as minhas esperanças sobre a fraternidade de amigos, vivendo comunitariamente, em torno do avatara.
Antes de dormir disse a mim mesmo: “agora vou dormir e se tudo isto for mesmo verdade vou ter uma confirmação durante o sono”.
Dormi e estava em um local onde o ar era totalmente azulado. Como uma noite de lua cheia, quando o céu fica num tom azul escuro, índigo. Em noites assim, parece mesmo que o próprio ar e todas as coisas tomam essa mesma cor azulada emprestada do luar.
Eu não estava sozinho. Havia umas três ou quatro pessoas junto comigo, a Jackeline, a Simone, a Camila e mais outros que não me lembro. Nós estávamos sendo atacados. Eram raios projetados contra nós. Raios de agressividade, ódio e incompreensão que vinham de pessoas muito más e frias. Faziam uma oposição cerrada exatamente por saberem quem éramos e porque estávamos aqui. Eles definitivamente não aceitavam a nossa presença, não nos queriam aqui vivos de jeito nenhum.
Mas nossa defesa era bastante eficaz. Nós nos fazíamos rodear de uma quantidade ainda maior daquela mesma luz azul que já por si inundava todo o ambiente. Assim ficávamos praticamente o tempo todo invisíveis a eles. Mesmo quando eles nos podiam ver, a proteção deste “campo de força azul” não permitia que seus raios nos atingissem.
Com o tempo, no entanto, essa situação nos foi desgastando, e nossas proteções foram pouco a pouco se tornando vulneráveis.
A pressão aumentava consideravelmente, pois as vulnerabilidades se somando, se multiplicando, nos tornavam mais visíveis aos olhos de nossos inimigos. Eles então ainda mais nos atacavam, e nossa vulnerabilidade crescia cada vez mais, num ciclo vicioso.
Foi neste preciso momento que o avatara em pessoa se manifestou para nós.
Sorrindo, ele colocou sua mão em nossas cabeças, um de cada vez.
Quando ele nos encostava as suas mãos, delas saíam uma luz avermelhada, meio purpurina, uma luz clara mas nada incômoda ou ofuscante, pelo contrário, incrivelmente prazerosa de se ver e ainda mais de se sentir entrando em nossas cabeças e indo até o coração.
E com esta luz do avatara vinha uma inacreditável quantidade de amor, em uma intensidade e de uma natureza completamente desconhecida normalmente por nós humanos da Face da Terra. Uma estranha e completa conciliação com tudo e com todos surgia instantaneamente dentro de nós, desfazendo todos os conflitos, lutas, contradições, medos e obscuridades de nossas almas.
Assim, num segundo, todos os problemas realmente deixavam de existir e, além disto, adquiríamos a partir daí a possibilidade de fazer essa mesma coisa acontecer com qualquer um que quiséssemos.
Sendo assim, abandonamos nossas antigas defesas e fomos direto ao encontro de nossos inimigos. Tocando-lhes a cabeça, assim como o avatara havia feito conosco, passávamos aquele mesmo amor luminoso e purpurino, e logo aquele mesmo sorriso tranqüilo e hiperconsciente do avatara se revelava em cada face de cada um de nossos antigos inimigos. Vencidos todos os conflitos, instalando-se, pela consciência daquele amor, a paz dentro de cada um deles, a inimizade que nutriam contra nós desaparecia, assim como a neblina some logo que a luz do sol começa a aquecer as manhãs de cada dia...
O avatara nos mostrou então como ele agiria agora, e nos disse que não haverá mais motivo para lutar ou para se temer, já que as origens de todos os conflitos que outrora levaram tanto à luta como às defesas, deixavam imediatamente de existir uma vez que o amor tocasse o coração das pessoas. Ele nos mostrava também, que além disto, surgia um verdadeiro efeito dominó, onde cada um que era tocado queria tocar muitos outros mais. Uma verdadeira epidemia de amor se espalhando por toda a Terra originada das doces mãos do avatara.

Monday, October 01, 2007

Reunião dos amigos

No dia 12, cinco pessoas, dois casais andróginos, ao redor do um andrógino em si mesmo, celebraram e firmaram para sempre o perfeito equilíbrio de todas as coisas. E o amor pôde então se espalhar livremente, por toda a Terra...



Em 1989, quando eu tinha uns 19 anos, tive um sonho. Eu estava em um lugar com várias outras pessoas, sentados em roda, e o avatara estava lá.
Eu com os outros, misturado no meio da turma, via que ele tinha alguns mais chegados seus, mais próximos, e eu era alguém mais comum no meio de todo mundo.
Sentia o amor que irradiava do avatara e de todos ali, uma sensação de paz incrível, todos animados conversando uns com os outros. Sem qualquer inveja um pelo outro, vivíamos todos juntos e celebrávamos nossas diferenças, que eram fonte de mais e mais carinho.
Era uma espécie de comunidade, várias casas pequenas em meio a uma vegetação lindíssima, uma natureza cheia de vida, em meio a montanhas e cursos de água por todos os lados.
Estávamos ali reunidos, como sempre fazíamos, mas, num certo momento, o avatara fica em silêncio e me olha fixamente. Logo todo o burburinho se desfez em um atento silêncio e ele então me chama. Eu me levanto e vou próximo dele e recebo de suas mãos uma pedra, uma esmeralda enorme, pontuda, de uns 20 centímetros. E me diz que esta era a pedra que faltava no Santo Graal, e que eu deveria levá-la e recolocá-la lá. Eu sabia que isso significava deixar todos os meus amigos para trás, enfrentar lugares terríveis, onde muitos iriam tentar roubar essa preciosa pedra, e as chances de eu conseguir recolocar a pedra em seu lugar seriam mínimas. No caminho, eu teria que ir até as grandes cidades, que então estavam em plena decadência, enfrentando sua avassaladora criminalidade, e muitos iriam apenas se aproximar de mim por interesse, bandidos se apresentando como amigos. Muitas vezes eu poderia acabar caindo em seus golpes, por que eu vinha com a inocência daquele lugar em que vivia, onde todos eram realmente amigos e felizes. Via em minha frente, naquele momento, o quanto eu mesmo poderia acabar me misturando com aquela maldade e sofrimento daqueles tristes lugares por onde eu teria que passar.
O avatara sabia disso tudo também. E mesmo assim me pediu, porque senão “tudo estaria perdido, para sempre”.
E foi assim que eu aceitei e fui.
Lembro somente que estava mesmo enfrentando esses lugares, como se fosse uma São Paulo mais caótica do que já era, e ao meu lado, “amigos” que mais tarde se mostrariam bandidos traidores e nada mais...
Hoje, 18 anos mais tarde, percebi que esse “sonho” mexeu sempre tanto comigo exatamente porque não era um sonho.
Eu vivi aquela cena realmente, antes de nascer, em Badagas.
O sistema geográfico tinha que ser povoado pelos discípulos de JHS. Teriam eles de construir comunitariamente verdadeiras “colônias assúricas e makáricas” aqui. Somente assim eles seriam felizes e a Obra poderia se equilibrar com a Instituição. Mas simplesmente os seus discípulos não tiveram a força espiritual necessária para fazer frente aos pequenos e grandes problemas que apareciam. Ou seja, não tinham ainda a perfeição necessária para vencer o karma que eles mesmos tinham plantado no Tibet, 1000 anos antes. Não souberam entender que o próprio Rei, os convidando para realizar este trabalho, apenas era o amoroso dando uma chance para que eles fossem felizes finalmente, mostrando, com carinho e cuidado de um verdadeiro Pai, o modo como tinham que fazer isso...
Privilégios jogados na lata do lixo. Poucos, na verdade, têm o privilégio de chegar alguém e dizer, com tanta clareza, o que devem fazer para se reconciliar com Deus, consigo próprio, com seu próprio Eu superior, para se ter o direito de ser novamente e integralmente feliz. Ainda mais depois de tantas e tão graves traições...
Este Pai amoroso, pronto a nos perdoar, e a nos re-ensinar o caminho tantas e tantas vezes, mais uma vez não foi ouvido... O mundo precisando do Sistema Geográfico, a humanidade esperando ansiosa pela luz deste Farol, e aqueles que seriam felizes em acendê-lo simplesmente negavam-se a buscar a própria felicidade...
O Sistema Geográfico tornou-se então um verdadeiro deserto espiritual. Até que a própria humanidade teve que salvar-se a si mesma, e a Lei desistiu de aguardar pelos caídos assuras e makaras, pois como já se disse muitas vezes, a Lei não pondera, tolera... até o tempo de acabar a tolerância.
Sim, as almas de maior valor entre os homens, os adeptos atabimânicos, que chegaram a reverenciar os discípulos de JHS, pois estes lhes eram superiores, como poeira cósmica de hierarquias de outros sistemas, enquanto que tais adeptos apenas a mais nova hierarquia que havia se formado, ou seja a terrena... estes mesmos é que tiveram que descer, no número de 777, aos mundos internos e então, em 1957, em badagas, “povoar” o sistema geográfico... no lugar daqueles que de direito tinham que ter feito isso antes, mas não fizeram, e então já não precisava mais... pois, de fato, tinham perdido o direito.
Muitos da então STB, que nem ao menos tinham atingido os primeiros passos da consciência assúrica, apesar de o serem interiormente, tentaram se fixar direto em S. Lourenço... esquecendo que ali era a terra dos Makaras, e mais: que a síntese (S. Lourenço) apenas sintetiza o que as sete cidades ao seu redor lhes dão... Se não havia ninguém nas sete cidades, por que correr para uma São Lourenço mais vazia ainda? E ainda mais: sem a espiritualidade necessária (makárica)?
Tais adeptos, então, indiretamente salvando uma situação, ao menos para a humanidade, pois a instituição ali já estava completamente condenada ao fracasso que mais tarde infelizmente ninguém pôde segurar, tais adeptos fizeram vibrar o sistema geográfico o melhor que puderam, e assim o fazendo, acabaram eles se tornando os assuras e makaras, ou seja, eles acabaram abarcando tais consciências, tornando-se de fato, o que os discípulos de JHS deixaram de ser de direito.
Naturalmente, nada disso ocorreu sem inúmeros avisos de JHS. Cartas e mais cartas, recomendações e mais recomendações, avisos de outros tantos seres que sempre vinham aconselhar os então chamados “munindras”. Mas, tão logo o Professor deixou a face da terra, todo este mal se espalhou rapidamente na já então SBE, criando intrigas e mais intrigas, traições, mentiras, dissimulações, ódio, avarezas materiais e espirituais, tornando tal ambiente fisicamente insuportável para pessoas como o Vidal, que teve que enfrentar QUATRO pontes de safena, ou seja, uma para cada senhor da evolução, ainda mais porque bem em seu próprio coração, que quebrava lanças para defender o resto de esperança que ainda havia para a SBE, em homenagem constante e verdadeira à Rainha e seus filhos...
Mas a mentira prevaleceu, os falsos amigos o eram também do chamado Apta, levando-os aos piores erros, inclusive o pior de todos, de não assumirem a própria consciência para si mesmos, para os outros, não estudando a fundo a Obra, deixando de procurar a verdadeira consciência em si mesmos, já que esta só se manifesta quando existe a virtude máxima de deixar para trás todos os privilégios, todas a arrogância, e vaidade, que nos impedem de ver a nós mesmos, e simplesmente fazer o que se deve fazer, sem medo, sem receio de nenhuma espécie, com a serenidade dos que acordaram, e transpassaram o arcano 18, e, compreendendo o que é FÉ, tornaram-se os cavaleiros rosa-cruzes de todas as épocas...
Mas o que dizer do Apta, se eles somente sintetizavam os discípulos de JHS, que, desequilibrados por terem deixado de ser os makaras e assuras do passado, uma vez que não seguiram o Manú, como deviam ter feito, deixaram o Sistema Geográfico à míngua, tentando enganar a Lei com meras viagens, esqueceram-se mais e mais a cada dia dos deuses que já foram?
Nada pode se dizer do Apta que sintetiza, e apenas sintetizou, o mal, pois esta foi a terra maldita em que aquelas infelizes sementes haviam sido plantadas.
Já quando o Vidal foi levado embora da SBE, já então, não havia esperança nenhuma naquela triste instituição. E por mais que lutassem muitos que vieram depois, na esperança de que com uma última flecha acesa no fogo de vulcano, pudesse-se salvar toda a instituição, nada mesmo se pôde fazer, pois a árvore já então estava morta, e seu cerne comido por ratos e cupins era um simples tronco podre, a ponto de cair...
O sol dos trinta e dois raios, agora havia se tornado um terrível buraco negro, somente pensando em atrair para si mais e mais pessoas, não importando o por quê... departamentos, antes de serem pequenos sóis desta sabedoria das idades, tornaram-se – nas palavras do próprio “braço direito” do Apta – meras “fábricas de irmãos”, cuja produção se media pelo tamanho da remessa de mensalidades à “matriz”...
“Os sacerdotes das grandes e pequenas seitas, modificaram o sentido da filosofia deixada pelos fundadores, transformaram as suas doutrinas, os seus conhecimentos, a fim de atenderem ao aspecto material, instintivo. Os vendilhões do Templo ou mercadejam com o nome dos seus fundadores, da Divindade (...) E isso aconteceu em épocas idas e está acontecendo agora, nos nossos dias.” – Sebastião Vieira Vidal. (!!!)
Por tudo isto, os adeptos atabimânicos, humanos, portanto, vieram salvar a situação do sistema geográfico em 1957 e se dirigiram para badagas, que é o mundo interior mais próximo da Face da Terra, mais parecido com ela, a não ser na maldade e no sofrimento que ali não existem. Um lugar de pastores e agricultores, um lugar bucólico, cheio de tranqüila relação com a natureza, uma natureza exuberante, selvagem e amiga...
Era lá que eu estava, reunido com outros, meus amigos de verdade, e de lá eu saí antes deles, para nascer aqui na Face da Terra antes, a fim de integralizar a Taça com a pedra que lhe faltava...
Pedra esta que simplesmente era a Lapis Philosoforum, a Pedra Filosofal, uma verdadeira “senha” interior que me permite ver, pela mente, quem são aqueles que se reuniam naquele momento e lugar tão sublime, ao redor do avatara...
Pedra é símbolo alquímico ligado ao eu interior, ao verdadeiro eu, o que dá a imortalidade, pois transforma a alma de chumbo em ouro, alma imortal, para a qual o corpo físico é apenas o corpo da face da terra, e perante a qual “as portas da morte jamais poderão prevalecer”, capaz de vencer esta última “inimiga”, a morte, e de tornar então Shamballah –a verdadeira e única Jerusalém Celeste – a verdadeira capital do mundo.
Ao mesmo tempo, e exatamente nessa transformação é que se produz a verdadeira filosofia, o conhecimento capaz de espalhar esta mesma força transformadora, auto-reveladora, ígnea por todos os lados, para todas as pessoas, para todos os povos e culturas, que então, vão se tornando um só, pela força do amor, e não pelo amor à força...
Vejo, sim, aquelas mesmas pessoas que se reuniam em badagas, ao redor do avatara, naqueles dias, e que agora estão aqui na Face da Terra, e se procuram umas às outras, procurando-se a si mesmas. Vejo que nosso destino é unirmo-nos e vivermos juntos novamente aqui na Face, exatamente como o fazíamos lá embaixo, e assim, fazer vibrar diretamente sobre a humanidade o sol do Sistema Geográfico.
Passamos pela SBE, apenas para lembrar uma vez mais, aos discípulos dos discípulos de JHS, a direção que o Manú lhes havia dado... as montanhas de minas... Naturalmente, o “corpo” da instituição reagiu, e nada pôde ser feito. Nem o Apta atendeu aos pedidos diretos enviados por Lorenza e trazidos claramente, diretamente, fisicamente, ao Apta... Se quisessem salvar a instituição teriam certos rituais a fazer, tributários nas embocaduras. O ritual inteiro tinha sido trazido direto de Itaparica, mas nada foi feito. O ritual foi trazido ao Apta “coincidentemente” no dia 11 de setembro de 2001, o dia em que caiu as “Torres Gêmeas”... Torres... arcano 16... queda... na casa de Deus (apta), o ritual foi trazido por um casal de Itanhandu (arcanos 16-17-18 = casa de deus – esperança – caos), o Gláucio e a Nena, que não mediram esforços para ir à Itaparica!! Mesmo sem qualquer possibilidade financeira para isso... e FORAM e trouxeram o ritual prontinho para ser feito, e chegaram na CASA DE DEUS exatamente no dia em que as GÊMEAS Torres cairam... dragão dourado, prateado e de ferro agindo simultaneamente... uma vez mais para SALVAR os filhos espirituais e físicos dos GÊMEOS, mas... nada foi feito, uma vez mais... numa omissão que pode ser simples julgamento, ou mais provavelmente mais um fruto envenenado da árvore podre, nascida da maior de todas as omissões que é ser Mestre de uma Obra, sem buscar conhecer DIRETAMENTE seus alicerces, suas raízes, suas REVELAÇÕES... Confiando a consciências de outros o que só à sua própria consciência poderia ser revelado. Isso se acendesse o fogo SOLAR da própria inteligência no fogo MERCURIANO das revelações do próprio PAI, e não no fogo alcoólico da tristeza e da própria IRA. Quem realmente fosse amigo teria que lhe chamar a ATENÇÃO e não ficar no simples comodismo da falsidade.
Vejo, sim, cada um, pelas ruas desta cidade, pelas ondas virtuais da internet, por todos os lados vejo aquelas pessoas que deveriam estar juntas... ou talvez apenas devam saber que o destino de nós todos é estarmos juntos e que assim estaremos pela força desse amor que existe verdadeiramente entre nós...
Só é necessário que cada um se abra a uma realidade maior, saber que não estamos juntos apenas porque somos uma “turma” aqui em Itanhandu, ou na internet, mas sim porque NASCEMOS PARA ESTAR JUNTOS, e ao redor do avatara.
Uma corte sim, mas não de puxa-sacos ou idiotas vampiros da divindade, como houve na época da SBE. Uma corte de amigos, onde a chama que nos une não necessita de instituição nenhuma, pois é chama da amizade, da compreensão mútua, e da necessidade de estarmos e vivermos juntos.
Uma corte cuja base física não é religião nenhuma, mas um lugar, um cantinho do corpo da Mãe-Terra, que é o Sistema Geográfico, e suas montanhas, tantas montanhas, todas elas sagradas, ao redor da montanha das montanhas, MOREB, de onde se vê todas as outras, o centro do MISTÉRIO.
Quando estivermos todos aqui, e vivendo juntos, sabendo-nos uma comunidade, uma natural e espiritual fraternidade, então o Sistema Geográfico vibrará para toda a humanidade, e será o SOL que poderá guiar as consciências de todos os nossos irmãos ao dia da interGRAALização com a comunidade cósmica, a mesma Fraternidade Branca Universal, que é a Confederação Intergaláctica já mencionada pelo Asthar-bel...
As montanhas de Minas escondem essas minas do mais puro ouro, suas embocaduras que se abrem para o universo inteiro, para o futuro, para “devir”... ou, nas palavras do final do antigo “Credo” católico: “... espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir...”, a ressurreição daqueles que estavam mortos para Face e vivos para os Mundos Internos, e agora, ainda vivos para a face, precisam ressuscitar para o Interior da Terra, e se reunir novamente nesta vida formando este “mundo que há de vir” e que necessita vir AGORA.
Eu tive que vir antes por que sou o menor de todos. Só que eu vim com aquela pedra esmeraldina, (dizem que o Graal foi construído de uma esmeralda retirada da fronte do Quinto Senhor) para que pudesse ver a todos, e tocar suas almas, a fim de lembrá-las quem são, de onde vieram, e para o que estão aqui...
Se encontrei os meus amigos há alguns anos apenas, é exatamente porque tive que vir antes deles, mas digo que venci aqueles lugares tenebrosos por onde tive que passar, e agora, podemos nos reunir novamente, e para sempre.

Friday, September 21, 2007

quinto império - o momento eubiótico (incompleto)

Introdução

Hegel fez um estudo detalhado, infelizmente não acabado, da manifestação do espírito, em que descobriu a dialética como o movimento e a própria lógica dessa manifestação. Com base em suas descobertas ele nos mostra quatro estágios – a que chama de impérios – marcantes quanto aos diversos momentos específicos em que tal espírito se concretizou até agora.

Vou tentar explicar um pouco cada um destes estágios, buscando facilitar a compreensão deles, a fim de aclarar o contexto que torna compreensível o momento atual e o imediatamente futuro, que é o quinto império, o eubiótico, em que o espírito integraliza-se com a Natureza, numa realidade orgânica.

Antes somente é necessária uma brevíssima explicação acerca da dialética assim como ela foi visualizada por Hegel.

O movimento dialético é essencialmente orgânico. No desenvolvimento necessário de um organismo, quando um novo órgão vai surgir ele se apresenta inicialmente como oposição, como um mal. Isto é natural, pois se o organismo havia atingido a homeostase, o auto-equilíbrio, dinâmico, um acoplamento satisfatório com o meio, quando o novo surge, num desdobramento de si mesmo, ele o faz necessariamente atrapalhando – num primeiro momento – este equilíbrio. O novo quebra o equilíbrio. Assim, Hegel vê que o novo surge como uma antítese, aparentemente contrária à “tese” que é o antigo equilíbrio. No entanto, esse novo que surge vai trocando, por assim dizer, a relação de oposição pela relação orgânica, e, uma vez que ele se mantenha vivo dentro do organismo em si, ele vai acabar sendo conduzido ao seu lugar, vai encontrar sua função, e vai se acoplar funcionalmente no todo, tornando-se então com o organismo, um todo orgânico.

Assim acontece todas as vezes que o organismo vai especificar uma nova faceta de si mesmo:

“A opinião não concebe a diversidade dos sistemas filosóficos como o progressivo desenvolvimento da verdade, mas na diversidade vê apenas a contradição. O botão desaparece no desabrochar da flor, e pode-se dizer que é refutado pela flor. Igualmente, a flor se explica por meio do fruto como um falso existir da planta, e o fruto surge em lugar da flor como verdade da planta. Essas formas não apenas se distinguem mas se repelem como incompatíveis entre si. Mas a sua natureza fluida as torna, ao mesmo tempo, momentos da unidade orgânica na qual não somente não entram em conflito, mas uma existe tão necessariamente quanto a outra; e é essa igual necessidade que unicamente constitui a vida do todo.” – (Prefácio de “Fenomenologia do Espírito” de Hegel)

Esse é o movimento dialético para Hegel. Assim não é, como quiseram os marxistas após, uma “luta” em que o oprimido passa a ser dominante, mas sim uma especificação, em que o organismo se especializa num novo órgão, que somente em princípio se lhe apresenta como oposição, para logo então tornar-se o que sempre foi na verdade, ou seja, um aprimoramento e melhoramento do próprio organismo. Ou seja, uma nova competência desse mesmo organismo, que se vê melhorado, em uma nova síntese.

Na dialética verdadeiramente hegeliana, a antítese é uma oposição somente aparente, não real. Logo ela se mostra como colaboração para um fim único: a síntese.

Da errada idéia de disputa, de conflito entre opostos, é que surgiu a noção, por exemplo, no processo judicial, de contraditório como um embate entre visões antagônicas, e que leva, na prática, a advogados achando que podem ser inclusive desleais processualmente na busca de atender os interesses de seus clientes. Corroborando com a visão hegeliana, hoje já se nota que esta deslealdade processual, que muito bem caberia em uma dialética baseada na mera “luta”, é irracional e não leva a nada, ou leva ao erro e à própria ineficiência de todo o sistema processual. Ao contrário, vai-se percebendo que a lealdade entre as partes nasce do princípio que sua posição antagônica e dialética serve ao fim comum a ambas de localizar, na síntese, a solução justa, que será enfim, a racional e socialmente pacificadora.

Assim a aparente oposição dá lugar, na sentença, à orgânica, racional e justa composição de interesses do direito, em que o próprio organismo social se vê fortalecido pela afirmação concreta da racionalidade, que torna a materialidade concreta algo não contingente ou arbitrário, mas sim capaz de previsibilidade e segurança, dando então ensejo à vitória da razão sobre a força, e assim, da liberdade sobre a opressão.

Outro exemplo da errada concepção de dialética é a que existe no pensamento marxista, em que a dialética também é vista como mera oposição em que dois lutam e que um vence, criando algo novo.

Assim o oprimido de hoje, em luta dialética com o seu opressor, será o opressor de amanhã, quando se tornar a nova classe dominante.

Assim, a classe operária, como a burguesa de outrora, lutaria e se livraria do jugo dos burgueses de hoje. Erra duplamente o marxismo. Em primeiro lugar, os burgueses de outrora não compunham o todo orgânico do feudalismo, eram um corpo estranho e realmente marginal ao feudalismo. Enquanto os operários só existem, só o são operários, por existirem como realidade necessária DENTRO do contexto orgânico da burguesia. A burguesia feudal não contribuía em nada para a existência do feudalismo, enquanto a vida burguesa capitalista não existe se não existirem os operários. Assim não há o paralelismo histórico que Marx idealizou convenientemente em sua época.

Para ficar mais claro, os burgueses do mundo feudal teriam como paralelos na realidade história de hoje contingentes sociais que estivessem à margem do ciclo produção – consumo – acumulação – redistribuição, via estado do bem estar social. Seres estranhos a este sistema, que é o capitalismo, é que poderiam ser os herdeiros dos burgueses da idade média. Quem seriam tais “marginais” senão os miseráveis, que nada consomem nem produzem ou os bandidos, que quebram o ciclo de acumulação-redistribuição? Assim vemos que em nada os operários conflitam com os capitalistas, mas sim os marginais com a “sociedade”. Aí existe real oposição.

Por outro lado, se dialética fosse mesmo uma mera relação de oposição que, pela luta, destrói o velho e constrói revolucionaramente o novo, com queria Marx, então os bandidos e miseráveis de hoje iriam se erigir em uma nova classe dominante de amanhã. Mas aí estaríamos diante de um futuro em que a própria racionalidade já alcançada e concretizada como direito, em que não é o mais forte, mas o mais justo, o mais certo que vence, estaria perdida, e então, realmente teríamos um enorme retrocesso, e cada um teria que se armar o mais que pudesse, para se defender, para matar, para tornar o mundo inteiro tão habitável e agradável como os feudos modernos que se tornaram as favelas do Rio.

Percebe-se como aí também a dialética não teria qualquer racionalidade se vista da forma como Marx a interpretou.

Por outro lado, se concebida tal como originalmente o fez Hegel, a dialética existe sim entre capital e trabalho, mas não para se perderem em lutas revolucionárias – que, diga-se de passagem, nunca ocorreram, a não ser por força de muita propaganda ideológica – mas sim para comporem-se em nova realidade orgânica, numa homeostase que, em verdade, já produziu seu fruto que é o nosso mundo atual, do direito e do consumo.

Se algo novo virá, ele não vem, aplicando-se aqui a correta noção de dialética, pela intromissão de algo de fora em oposição com algo de dentro, em lutas e necessárias revoluções, mas sim pelo próprio desenvolvimento orgânico do capitalismo, que especifica novas realidades de si mesmo, exteriorizando-as em contingentes sociais novos, os quais, a princípio, se lhes mostram como oposição, mas que, logo após, resolvem-se em novas sínteses, não destruidoras do capitalismo, mas sim conduzindo-o a um novo momento, em que talvez, alguém não possa mais reconhecer totalmente o velho capitalismo, mas necessariamente o reconhecerá como seu herdeiro natural.

Na dialética hegeliana, enfim, não há uma ruptura, uma destruição por si mesma, mas uma sucessão natural, uma hereditariedade necessária e orgânica, um aperfeiçoamento.

Assim, como ele mesmo compara, uma planta nasce de sua semente, lança seu pequeno tronco e se espalha em folhas, futuramente abre-se em flores que, mais a frente perderão suas pétalas e se expandirão em frutos, e deles, novas sementes. Aquele que se contenta com a mera materialidade das coisas, se vê este mesmo movimento em ponto maior como na sociedade, veria oposições em lutas revolucionárias, como Marx, mas Hegel – e qualquer pessoa que perceba a racionalidade desse desenrolar – percebe a unidade entre os vários momentos pelos quais passa tal organismo. Assim, semente, tronco, folhas, flores, frutos e novas sementes são apenas momentos necessários e sucessórios de um mesmo todo, a planta em si.

Estes momentos necessários e sucessórios do espírito Hegel os estudou de diversas formas e pontos de vista. Para nós aqui interessará agora o ponto de vista histórico, ou seja, os quatro impérios, que Hegel descreveu, para que nós possamos entender a sua sucessão, o quinto império, eubiótico.







1) O Império do Oriente:

“O primeiro império é a visão substancial do mundo, visão indiferenciada, proveniente do agrupamento natural patriarcal. Para esta concepção, o governo do mundo é uma teocracia, o chefe é o sacerdote supremo ou um Deus, a constituição e a legislação são a religião, os mandamentos religiosos e morais ou, melhor, os costumes são leis jurídicas garantidas pelo Estado. Neste conjunto, a personalidade individual desaparece sem direito, a natureza exterior é imediatamente divina ou ornamento de Deus, e a história da realidade é poesia.”

De início é importante ressaltar, a fim de que se possa especificar melhor o que vou descrever depois, que a “eubiose” vivida dentro da Sociedade Brasileira de Eubiose hoje, e muito do que se vê fora dela também, limita-se a este primeiro momento de compreensão, que é o mais superficial, e na metodologia própria de uma pretensa iniciação em “estágios”, corresponderia ao grau “manú”, ou seja, aquele em que a pessoa toma contado com a verdade apenas em seu aspecto externo, que é o simbólico, o seu mais externo e superficial aspecto, e projeta, no campo da imediatidade da natureza exterior, toda a sua pretensa “realidade”.

Desta forma também os antigos somente podiam perceber a verdade como esta visão “substancial do mundo”, que nada mais era do que a sacralização de tudo, e a dogmatização do pensamento. Se tudo, por um lado, realmente é sagrado, qual é a implicação disto na vida do homem? Neste primeiro momento a conseqüência da descoberta do sagrado domina de tal modo a visão daquelas pessoas, que a conseqüência era a anulação da personalidade individual.

Via-se a ordem necessária e divina em todas as coisas, mas, ainda, não se era capaz de agregar a esta visão do sagrado “em torno de si” o sagrado “em si” dentro de cada um, ou seja, não se poderia ainda perceber qual era a real posição do homem neste sagrado, neste substancial ao redor. Isto porque, podemos dizer, que neste primeiro momento, o homem ainda não era capaz de apreender o conteúdo de si mesmo, ou seja, não era capaz de perceber a essência do humano, do ser um ente humano, e por isso mesmo, não era capaz de ver a “mediatidade” divina, ou seja, Deus agindo por meio do humano, em última análise, por meio da inteligência e da mente do humano.

Por isso mesmo não havia aí ainda a racionalidade, (“a história da realidade é poesia”) pois esta é própria do conteúdo essencialmente humano, que ainda não era apreendido pelas pessoas de então, e a personalidade individual desaparecia necessariamente sem direitos.

Na SBE o mesmo acontece. E por isso mesmo não há ainda lá espaço para o livre pensamento, pois este rompe com um governo teocrata, um chefe sacerdote ou mesmo alguém como expressão absoluta de um Deus.

“As diferentes funções que na orientação dos costumes, do governo e do Estado se desenvolvem passam a constituir, por intermédio de um simples costume que substitui a lei, cerimônias demoradas e complicadas, cheias de conseqüências superticiosas, sujeitas aos acasos do poder pessoal e da dominação arbitrária.”

Mais uma vez o exemplo da SBE será elucidador. Em época anterior, quando lá havia JHS, havia rituais que nada mais são mesmo que estas cerimônias descritas, mas tais eram, em verdade, exposições (no sentido Hegeliano: ‘exposição’ é “a apresentação da coisa na qual o seu conteúdo e a sua universalidade se unificam no momento de sua autocompreensão no conceito. Opõe-se a ‘representação’, que permanece exterior à coisa.” Nota de rodapé da Fenomenologia) de realidades da própria vida espiritual, que eram apreendidas com o elemento essencial humano, que é a inteligência e a razão, mas em sua mais alta expressão, sua mais evoluída manifestação, como “Revelação”, ou seja, concretização em ato da plena clarividência espiritual.

Quando esta verdadeira chama de luz e movimento universais, que é JHS, deixa a SBE, o que sobra ali é apenas o seu rastro, ou resultado, que nada mais é que um cadáver das tendências geradas no passado, e então é que as suas cerimônias ritualísticas precipitam-se do que havia de mais avançado na mente humana, para o que há de mais primitivo nela, ou seja, as descritas “cerimônias demoradas e complicadas, cheias de conseqüências superticiosas, sujeitas aos acasos do poder pessoal e da dominação arbitrária.”

Precipitam-se tais costumes, na SBE, da expressão daquilo que de mais evoluído pode ir o humano, que em termos eubióticos pode-se chamar de “inteligência ak ara belina”, para um estágio pré racional, que dá ensejo a estas arbitrariedades de certo e errado conforme o desejo de uma autoridade que assim o diz, sem consciência de qualquer conteúdo verdadeiro em si e por si mesmo, ou seja, de qualquer racionalidade que bastasse-se a si mesma independente da vontade pessoal de qualquer pessoa que se arrogasse o título de sucessor do divino, sem, na verdade, ter sido capaz da extrema racionalidade e inteligência que realmente define o divino.

“A divisão em classes adquire a rigidez natural das castas. No estado oriental só é vivo, então, o que está voltado para o exterior; em si mesmo, nada é estável e se alguma coisa há de firme logo se petrifica. É uma tempestade e uma devastação elementares. A paz interior é a vida privada e a entrega à fraqueza e ao cansaço.”

Quando não se é capaz de apreender a racionalidade própria de cada coisa e do mundo em geral, não há nada mais que esta vida completamente voltada ao exterior, em que a estabilidade não existe, pois seria da compreensão da racionalidade própria de cada coisa que haveria a estabilidade do conhecimento das leis que regem cada fato, cada aspecto da realidade. Somente de posse da consciência destas leis, o que só a filosofia pode gerar, é que o homem está livre do arbitrário, ou seja, do poder o arbítrio de alguém que se imponha pela coerção. Por isso, somente o homem consciente é que pode ser livre.
Por outro lado, à falta da consciência da racionalidade presente nas coisas em si mesmas, quando alguma coisa se firma ela não tem a mobilidade natural desta mesma razão, que por si mesma é dialética, como comprova Hegel e o verdadeiro pensamento eubiótico de JHS confirma, quando ali se refere à Lei da Polaridade. Ao contrário, nesta “tempestade e devastação elementares” a que está a mercê o homem desprovido da consciência do racional em si das coisas, a necessidade de estabilidade é tão grande que qualquer coisa que se firme logo se petrifica, se torna pedra, sem movimento, sem vida, sem possibilidade de continuar se desdobrando em novas facetas e momentos orgânicos de si mesma.

Muitas vezes ouvi a frase dita a plenos pulmões dentro da SBE, “estamos firmando a Obra do Eterno na Face da Terra”, e então compreende-se a necessidade daquela estabilidade conceitual que não foram capazes de construir, e também porque tal “firmar-se” se tornou um petrificar, imóvel, avesso à quaisquer mudanças, tirano e morto.

“Nota- O momento da espiritualidade ainda substancial, ainda natural na formação do Estado – momento que, como forma, constitui o ponto de partida absoluto na história de cada Estado -, foi definido com muita inteligência e muito saber na obra do Doutor Stuhr, Da Decadência dos Estado de Natureza (Berlim, 1812). Com este livro, ficou aberto o caminho para o estudo racional da constituição e da história em geral. Nele se indica também o princípio da subjetividade e da liberdade consciente na nação germânica; como, porém, o livro termina com a queda dos estados naturais, este princípio não é levado para além do ponto em que aparece, por um lado, como inquieto dinamismo, humana arbitrariedade e princípio de destruição e, por outro lado, como forma particular de sentimento, não se desenvolvendo, portanto, até à objetividade da substância consciente de si, até à organização jurídica.”

Quando Hegel se reporta à nação germânica ele o faz em referência a tudo o que houve na Europa e que se espalhou pelo mundo todo, ou seja, o Quarto Império, que ele chama de “Império Germânico”.

Estes “impérios” nada têm a ver com países que procuram se impôr aos outros, etc. São o império de um modo particular de pensar e de ser, de um modo de ver o mundo, que em momentos sucessivos vão se desdobrando, ou seja, é a própria vida orgânica do conceito, diferenciado-se continuamente e erigindo-se em um organismo cada vez mais complexo em sua concreção e simples em sua consciência de si mesmo.

Como já disse, Hegel descreve tais desdobramentos até o Quarto Império, e nós hoje, após as lições da história e à vista das noções eubióticas expressas por JHS, podemos descrever o seu quinto desdobramento.

2) O Império Grego

“Do anterior herda este aquela unidade substancial do finito e do infinito que, porém, é para ele apenas uma origem misteriosa, uma reminiscência obscura mergulhada na sombria profundidade das imagens tradicionais.”

Ou seja, o tal unidade substancial do finito e do infinito, que dominou o primeiro império, é para o segundo uma reminiscência mítica, mera tradição dos “tempos antigos”, cheia de realismos fantásticos e carregada de uma profundidade que, entretanto, não são eles ainda capazes de compreender, razão pela qual se lhes apresenta ainda obscura e sombria.

“Quando o espírito se diferencia para atingir a espiritualidade individual, este princípio é iluminado pelo saber, tornando-se medida e claridade na beleza e na moralidade da liberdade e da alegria.”

É neste ponto que o homem se dá o direito de pensar o mundo ao seu redor, pois pressente em si mesmo esta chama de poder que nasce do espírito. Diferente do passado, em que tal chama apenas era compreendida no mundo (no seu em torno), agora ela já pode ser vista dentro, mesmo que ainda de forma débil e primitiva. Não é a toa que o homem da Grécia que dá origem ao pensar no sentido do filosofar ocidental.

É o início da luz do saber, que torna possível, ao menos individualmente, a liberdade e a alegria, que toma do lugar daquela “paz interior” da “fraqueza e do cansaço”, que havia no Primeiro Império. Isto porque é de tal saber que surge a medida, ou seja, o critério firme por sua própria racionalidade e portanto, independente da arbitrariedade de um poder divino insconsciente e imediato.

Vê-se aí o início do desdobramento do meramente natural, conseqüência imediata e cega das forças da natureza, ao espiritual, que caracteriza-se pela consciência, racionalidade e conseqüente liberdade.

Interessante perceber que é exatamente neste momento em que surge a filosofia que também temos a manifestação artística como expressão da beleza. Ou seja, nada mais que o homem iniciando a sua compreensão da ordem cósmica, a um só tempo racional e bela.

“É nesta determinação que se manifesta o princípio da personalidade individual. Ainda não está ele nas mãos de si mesmo, mas permanece em sua ideal unidade.”

Ao contrário do que ocorria no Primeiro Império, em que a personalidade individual desaparecia sem direitos, é quando o homem começa a captar a racionalidade inerente das coisas que ele começa a afirma-se a si mesmo em meio às coisas, ou seja, inicia-se aí a vida individual. Mas a consciência disto ser um direito, ou seja, de esta vida pessoal estar em suas mãos, e ao indivíduo ser inerente o direito de determinar-se a si mesmo, tal consciência ainda não está presente, e, existe, mas apenas no plano do ideal. Por isso que para o homem grego são os deuses que comandam o destino dos homens. Eles (deuses) lá de seu panteão, de sua idealidade, é que comandam nossos encontros e desencontros, nossas venturas e desventuras. O poder de determinar a própria história ainda não está concebida para o homem de então.

“O conjunto divide-se, por um lado, em círculos de povos particulares, cada qual com o seu espírito e, por outro lado, a suprema decisão da vontade não se situa na subjetividade da consciência de si, mas num poder que é mais alto e está fora dela; enfim, a particularidade das carências ainda não é admitida na esfera da liberdade, mas repudiada para uma casta de escravos.”

Cada localidade acaba se aglutinando em torno de uma determinada particularidade da racionalidade em si existente. É que neste início, como a unidade que vem do universal ainda não é passível de ser captada, não há como intercambear os diversos aspectos da realidade que foram de fato captados e parcialmente compreendidos. Surgem então as cidades-estados gregas, cada qual reverente a um aspecto da racionalidade do mundo, que ainda é vista como um poder mais alto e longe da subjetividade de cada pessoa em particular, ou seja, aspectos da verdade tidos como entes divinos em si mesmos, cultuados em templos e cerimoniais, esculpidos em estátuas, como se o fora em “honra” a determinados “deuses”. Nestes “deuses” é que se vê o poder de movimentar o destino.

Quando Hegel fala em particularidade das carência refere-se ele às demandas da vida material, ou seja, carências no sentido de necessidade de coisas materiais, não tem nada a ver com carência no sentido afetivo.

Neste Segundo Império, o trabalho do qual surge a satisfação destas necessidades materiais (carências) não é ainda compreendido dentro da esfera da liberdade, porque neste momento não é ainda possível a compreensão de uma vocação particular de cada pessoa em si, já que não se compreende a possibilidade de uma pessoa determinar-se a si mesma, o que é condição preliminar para compreender a possibilidade de “realização pessoal” ou seja, de felicidade aliada a uma vida produtiva dentro da concretização do que é particular e substancial para cada indivíduo. Isto, que é a base de um trabalho livre, e que tem por ponto inicial a consciência do direito de determinar-se, e, conseqüentemente de “ser feliz”, não era ainda compreendido pelo homem de então.

Por isso mesmo o trabalho era apenas uma limitação, algo existente por força das necessidades materiais, e não expressão da liberdade de realizar-se a si mesmo, de expressar a própria substância, aquilo que, em cada um de nós, constrói a noção de sermos especiais frente ao mundo. Em conseqüencia, era algo menor, algo necessariamente repudiado a escravos.





O MOMENTO EUBIÓTICO – O Quinto Império

É natural que quando o homem suprime do presente, do agora e do aqui, a barbárie e o injusto alvedrio, ou seja, o império do caos, da instabilidade, do não saber o que pode ser o logo após, e, além disto, suprime também, da verdade, o que ela tem de além, de distante, de incognoscível, bem como o que dela poderia vir como um poder contingente, teocrático, avassalador, é natural, neste momento em que então o homem faz em si mesmo, dentro de si mesmo, a conciliação entre a natureza divina e humana, que passam a integrar o seu próprio ser interior, e que, somente aí, consegue, na religião representar uma verdade que é sua, que é sua própria essência, e na ciência essa mesma verdade aparecer como conhecimento livremente concebido, neste momento, enfim, é natural que o homem, vencendo as vicissitudes e contingências que até então as limitações de sua própria consciência espiritual lhe condenavam, passe a ter o poder concreto, em suas mãos, de “dominar” as forças da natureza, e, neste momento, não poderia mesmo ocorrer outra coisa senão o homem ver a natureza como um objeto.
Neste momento é que hoje nos encontramos.
Momento em que o espírito, após degradar “a existência do seu céu ao nível de uma presença terrestre e de uma laicidade comum”, e elevar, por outro lado, o elemento temporal a uma existência abstrata, “até ao pensamento e ao princípio do ser racional”, ou seja, de ser capaz de trazer as representações celestiais ou “nirvânicas” de felicidade ao “ser feliz agora” e de começar a “pensar a realidade e a natureza” a fim de descobrir-lhe suas leis e princípios, e o fazendo, inclusive, na esfera da convivência entre si mesmo, coletivamente, na figura de pensar o direito, as leis, criando um mundo jurídico, enfim, que, enfim substituiu o meramente heróico e contingente do passado, momento este então que o espírito é finalmente capaz de mostrar o seu poder, não mais em meras representações, mas “em ato” concretamente, não só para poder fazer coisas até então inimagináveis com a natureza, pois ciente de suas leis, mas também para começar a tornar possível, e, logo então, exigível, uma vida em sociedade, ou seja, uma vida humana coletiva harmônica entre as pessoas, em suas liberdades, em suas igualdades e diferenças respeitadas, assim como exigível que a todos seja possível livrar-se das contingências que naturalmente sempre avassalaram o homem e sua vida concreta.

O espírito, quando então, é capaz de gerar estes valores como realidades exigíveis, demonstra ele, e não somente o homem em si, finalmente, sua superioridade frente a mera natureza. Mas aí mesmo é que ele se mostra erroneamente, mas necessariamente, como um sujeito frente à natureza, mero objeto, quando, na realidade, não o é.

Neste momento em que o espírito é capaz de se mostrar concretamente como um sujeito, capaz de agir e de se elevar frente a natureza, é que surge o que poderíamos chamar, dentro de uma linguagem hegeliana, de império europeu, ou como ele dizia, germânico.

Espero que esteja claro como este momento ocorreria fatalmente.

Mas agora o espírito depara-se com um novo momento, na verdade, mais um passo em seu próprio desenvolvimento orgânico, em que a realidade se especifica ainda mais e que esse novo aspecto dela que se revela, e como sempre acontece quando algo novo aparece, esse novo detalhamento da realidade se apresente como um mal.

O espírito começa agora a perceber, através do mal que causou no momento em que descobriu e pode usar o próprio poder, que ele em si mesmo não é um mero sujeito em oposição à natureza, seu objeto, mas é verdadeiramente um momento orgânico dessa mesma natureza. Usando de uma redundância necessária para se explicar isso, o espírito está se descobrindo como um órgão dentro de um organismo, e não um sujeito separado e manipulador de seu objeto.

É este o momento, em que o homem como realidade concreta do espírito, em sua face de atividade, de agir, terá pela frente os desafios que, se vencidos, o levarão a reintegrar-se com a natureza, ou, a bem da verdade, a integrar-se pela primeira vez com a natureza, já que anteriormente não se tratava bem de uma integração, mas sim de uma dominação que a natureza exercia sobre o homem, e, por via de conseqüência, sobre o espírito.

O espírito que se faz um agente dentro da natureza, não mais também ela, como agora, algo dominado e contingenciado por ele, mas já então, numa nova síntese, com já dito, estabelecida uma relação órgão-organismo, tal espírito assim consciente e concretizado é que traz nessa sua concretização – poderíamos arriscar dizer, ao menos em relação ao planeta Terra – final, ele traz o Estado completo, ou em seu momento eubiótico.

Isto por que a Natureza já não mais oprime, como no momento do estado natural, ou é oprimida como no estado moderno, mas vê-se a si mesma refletida e potencializada infinitamente pelo espírito que torna-se consciente de si, ou seja, em resumo é a própria natureza que torna-se, ela mesma então, concretamente e individualizadamente consciente de si mesma.

Claro que a passagem de um momento para outro, em que, em última análise a própria natureza vai se auto-organizando, ou seja, movimento este de auto-organização a que podemos praticamente chamar de Espírito, é natural que estas passagens se dão através de pontos de aleatoriedade absoluta, ou seja, portais sombrios (umbra= sombra e umbral) em que tudo pode acontecer, chamados de pontos de bifurcação, onde somos chamados novamente a tentar sobreviver a um grande “solavanco” que tanto nos pode destruir, como nos pode elevar ao próximo estágio deste desenrolar da própria vida do planeta.

Se ultrapassarmos esse portal e formos capazes de superar este estágio de infinito antagonismo espírito-natureza, chegando ao momento eubiótico, veremos um Estado ainda mais livre e racional que o atual, longe, talvez, das grandes cidades cartesianas, ou das enormes ecatombes sociais e naturais, e muito mais perto de um sentimento de dever frente a esta mesma natureza, em que as pessoas busquem em si mesma, em suas próprias diferenças, o que as especializa, as torna, dentro do gênero universalizante do humano, algo substancialmente diferenciado e especial, e portanto, dever esse de desenvolver suas próprias vocações, não para a mera realização pessoal a que chamamos hoje de felicidade, mas principalmente para a realização de todo o planeta, já então agora, visto, dentro de nossas próprias e humanas mentes, como um ser vivo e consciente de si, pois assim cada um de nós é, e nós, órgãos desse mesmo organismo, assim necessariamente veremos ao próprio organismo.

Possivelmente, disse que este seria o último estágio do desenvolvimento do espírito na Terra, pois aí então não é mais o homem uma espécie inteligente dentre de um cenário azul, ou de uma nave mãe ou mesmo de um planeta privilegiado, mas já então é a própria Terra que por nós será reconhecida como um planeta inteligente e vivo, em contraste com outros planetas, ou mortos, ou ainda em estágios ainda não merecedores dessa qualidade de inteligentes, pois que seus próprios espíritos ainda em estágios incipientes, incapazes de concretizar “em ato” seu poder e seu dever frente à natureza que lhes alimenta.

Neste estágio talvez inicie uma nova etapa em que provavelmente – se elas existirem – se manifestarão para nós inteligências de outros planetas e novos desafios surgirão em nosso horizonte terreno. Usando agora uma linguagem própria desse novo momento terreno (eubiótico), uma vez que a Terra seja capaz de se auto-equilibrar conscientemente e inteligentemente, ela provavelmente seja alçada para uma nova categoria dentro de uma coletividade interplanetária, e então, seja chamada a tornar-se consciente desse nível de realidade que vai além do âmbito de nossa própria esfera azul.

Ousando um pouco mais ainda, podemos dizer que o primeiro estágio desse novo momento será o de descobrir novos mundos dentro de nosso próprio planeta, pois, se um dia existir para nós uma realidade extra-terrena, ela não seria fisicamente possível através da tradicional tridimencionalidade, pois aí as distâncias são imensas e a velocidade e energia necessárias para vencê-las é limitada. Se tais realidade um dia se mostrarem a nós, terão suas portas abertas através de passagens intra-dimencionais, o que a física atual chama jocosamente de “buracos de minhoca”, capazes talvez de nos transportar por dentro de nossa própria tridimencionalidade.

Ou seja, estaremos no momento em que mundos interiores à nossa tridimensão se nos revelarão, com suas possíveis outras tantas características supreendentes. Este é o momento de Agartha e Shamballah, da tradição do oriente, ou mesmo das embocaduras e mundos internos. Somente então através dessas embocaduras, mundos internos, Badagas, Duat, Agartha, é que poderemos alcançar outros planetas, longas distâncias do nosso universo.

Muitos planetas, mesmo em longas distâncias, mas já eles todos auto-conscientes, concretizarão o espírito, não mais em suas esferas particulares, mas já então como realidade última e verdadeira, universal não meramente ideal ou abstrata, mas concreta e imediata. O céu será aqui e agora, então.

FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO – HEGEL

Fls. 11: “... pelo fato de que a filosofia reside essencialmente no elemento da universalidade, que contém em si o particular, nela mais do que nas outras ciências parece que a coisa mesma, e justamente na perfeição de sua essência, deveria exprimir-se no fim e nos resultados finais. Em face dessa essência, o desenvolvimento seria propriamente o inessencial.”

“Elemento” no sentido de meio que envolve a coisa. O “elemento da universalidade” é o universal concreto que se exprime finalmente no “conceito”.

Hegel explica indiretamente o mecanismo da dialética através do exemplo do botão-flor-fruto, além disto fala sobre a opinião.

Fls. 12: “Assim como a opinião se prende rigidamente à oposição do verdadeiro e do falso, assim, diante de determinado sistema filosófico, ela costuma esperar uma aprovação ou uma rejeição e, na explicação de tal sistema, costuma ver somente ou uma ou outra. A opinião não concebe a diversidade dos sistemas filosóficos como o progressivo desenvolvimento da verdade, mas na diversidade vê apenas a contradição. O botão desaparece no desabrochar da flor, e pode-se dizer que é refutado pela flor. Igualmente, a flor se explica por meio do fruto como um falso existir da planta, e o fruto surge em lugar da flor como verdade da planta. Essas formas não apenas se distinguem mas se repelem como incompatíveis entre si. Mas a sua natureza fluida as torna, ao mesmo tempo, momentos da unidade orgânica na qual não somente não entram em conflito, mas uma existe tão necessariamente quanto a outra; e é essa igual necessidade que unicamente constitui a vida do todo. Mas, de uma parte, a contradição que se dirige contra um sistema filosófico não costuma entender-se a si mesma dessa maneira e, doutra parte, a consciência que apreende tal contradição não sabe liberta-la e mantê-la livre com relação à sua unilateralidade, nem reconhecer momentos necessários na figura do que aparece sob a forma de luta e oposição contra si mesmo.”

Sobre a questão da finalidade de um sistema filosófico e a sua diversidade em relação aos demais sistemas. Isto é de fato o mais importante?

“Onde se poderia exprimir melhor o cerne de um escrito filosófico do que nos seus fins e resultados, e onde poderiam estes ser melhor conhecidos do que na diversidade com o que a época atual produz na mesma esfera?” >>> esta é a noção corrente do senso comum.

A resposta de Hegel:

“O fim para si é o universal sem vida, assim como a tendência é o puro impulso que ainda carece de sua realidade efetiva; e o resultado nu é o cadáver que a tendência deixou atrás de si. Do mesmo modo, a diversidade é sobretudo o limite da coisa. Ela começa onde a coisa termina e é o que a coisa não é.”

Fim ‘para si’: “para si” é o reflexo exteriorizado de algo “em si”. É algo que se aproxima da representação externa que este algo produz e que o reflete, mas que não é ele em si mesmo. É o que o mundo (o em torno) reflete, através de suas múltiplas formas de manifestação, do que este algo é em si mesmo, “antes” de qualquer manifestação. Antes entre aspas, no sentido de um anterior lógico e não no tempo. Ou seja, para que eu estivesse escrevendo isto, que sou eu “para si”, eu devo “antes” ter uma existência “em si”. Tudo o que eu produzo me refletirá mais ou menos bem. Quando tudo ao meu redor me refletir perfeitamente, aí então terei uma existência plena, pois o eu “em si” será idêntico ao eu “para si”.

O universal para Hegel é qualquer coisa que se apresente com a característica da generalidade, ou seja, de ser gênero, em cujo interior existem as espécies. O melhor exemplo do universal é a lei. Uma lei jurídica, por exemplo, é uma expressão de um universal. Assim, desde quando se define a maioridade ou a pena para o homicídio, tais são expressões jurídicas generalizantes para todos os fatos particulares que, num certo tempo, possam estar enquadrados em seus limites gerais. Outro exemplo de universal é o dinheiro. Mas aí como valor. Ou seja, se queremos saber quantos teclados valem um mouse teremos de convertê-los em um valor universal.

O “fim” descoberto ou refletido em palavras, ou seja, a finalidade de algum sistema filosófico traduzido em seus possíveis resultados práticos, em seus “objetivos” é o universal sem vida, pois já não é o universal ocorrendo em seu “habitat” natural. No seu habitat natural o universal renova-se a todo instante. Assim, dizer qual a finalidade do dinheiro, ou seja, “serve para comprar e vender coisas” não é nada frente ao ter efetivamente dinheiro para comprar e dele efetivamente se utilizar para vender coisas.
Ver o dinheiro funcionando é exemplo de se conscientizar do universal em si e para si vivo. Definir-lhe a finalidade é uma mera abstração, ou seja, é um fim “para si”, onde o universal já jaz sem vida.

Por isso que o “resultado nu é o cadáver que a tendência deixou atrás de si”, pois tudo aquilo que se conseguiu com um certo sistema filosófico, por exemplo, é somente o resultado da tendência. Ele assim “nu” ou seja, uma mera demonstração de resultados, nada mais é do que um cadáver (coisa do passado que não influencia mais o presente, memória) de um conjunto de tendências.

Fls. 13:
E a “diversidade é sobretudo o limite da coisa”, pois o modo de trabalhar em que se buscam fins e resultados, “em lugar de se prender à coisa, esse modo de proceder sempre passa superficialmente sobre ela. Em lugar de nela demorar-se e de esquecer-se a si mesmo nela, esse saber se prende sempre a algo diverso e permanece de preferência em si mesmo, ao invés de estar na coisa e de se entregar a ela. O que há de mais fácil é julgar o que possui conteúdo e densidade. Mais difícil é apreendê-lo e o mais difícil é produzir a sua exposição, que unifica a ambos.”

Aquele que busca a filosofia para obter um resultado, na verdade, busca apenas atender-se a si mesmo. Não busca a verdade em si mesma. E por isso mesmo, conforme Hegel, não consegue desligar-se de si e mergulhar na coisa que estuda, seja ela qual for. Não consegue abandonar-se e passa então a apenas julgar as coisas, produzindo um conhecimento superficial, que não é filosófico, ou seja, que não o aproximará da verdade.
O contrário disto é, de fato, apreender a verdade da coisa, e, mais ainda, “produzir a sua exposição”

Nota de rodapé: ‘exposição’ é “a apresentação da coisa na qual o seu conteúdo e a sua universalidade se unificam no momento de sua autocompreensão no conceito. Opõe-se a ‘representação’, que permanece exterior à coisa.”

Representação para Hegel é uma mera descrição da coisa, mera tradução em símbolos da coisa. Sejam tais símbolos as palavras, imagens, teatralizações, não importa. A mera descrição fica na superfície da coisa, não mergulha em sua interioridade, em sua essência, ou seja, no que a torna ela mesma. É o mesmo que dizer que minha noiva é alta, magra, e bonita. Isto é uma mera representação. Ou mesmo apresentar uma foto dela, ou mesmo imitar ela, seus gestos e trejeitos pessoais. Nada disso se aprofunda naquilo que realmente diz quem ela é. A exposição, na linguagem própria de Hegel, ao contrário, mais que mera descrição, mera representação, consegue mesmo comunicar aos outros a compreensão de quem ela é. E o faz unificando o conteúdo próprio dela com termos, noções ou mesmo comparações gerais, universais. Na representação não se atinge este conteúdo, ela fica na mera universalidade. Assim digo – na representação – que ela é “bonita”. Tal qualificação é um universal. Quem ouve isso irá comparar com o que conhece por “bonito” e irá ligar isso na pessoa da qual eu falo. Mas como ser bonita não é o mais importante, ou seja, aquilo que realmente traz à luz a essência, o conteúdo em si, que torna especial minha noiva, então não tal é mera representação.

Para se chegar à exposição, deve-se chegar ao conteúdo. Chegar a este conteúdo é o movimento que faz a filosofia. Quando se é capaz de ver o conteúdo, e para isto terá o filósofo que se entregar à coisa que estuda, “esquecer-se de si mesmo nela”, então ele deverá conseguir unificar tal conteúdo com a universalidade própria daquela coisa, o que se dá no momento da autocompreensão, ou seja, a coisa se mostra a si mesma, numa verdadeira autocompreensão, mas não dela em si mesma, mas dela em algo que assim vai aos poucos se revelando, que é o conceito. No conceito o conteúdo da coisa – seu ser em si – se unifica em sua universalidade, no que ela é para o todo, para o geral. A diferença entre o iogui e o filósofo está em que o primeiro contenta-se em apreender o conteúdo da coisa, enquanto o segundo sente-se no dever da exposição, e é neste segundo passo que vai se formar a cultura:

“O começo da cultura e do trabalho para sair fora da imediatidade da vida substancial consistirá sempre em adquirir conhecimento de princípios e pontos de vista universais e esforçar-se no início somente por elevar-se ao pensamento da coisa em geral, bem como sustentá-la ou contradizê-la com razões, apreender a concreta e rica plenitude segundo as determinidades, e saber compartilhar a seu respeito uma informação metódica e um juízo sério. Mas esse começo da cultura deverá primeiramente dar lugar à seriedade da vida plena que conduz à experiência da coisa mesma.”

Friday, September 14, 2007

Começando a detalhar o esquema de Deus

Vou procurar esmiuçar o esquema de Deus, para que ele possa melhor ajudar as pessoas nessa busca incessante de uma mais profunda e completa compreensão da natureza de Deus.

Hoje vou compartilhar o momento em que surgiu a idéia básica, como um insight, que nada mais é do que uma síntese instantânea que a nossa mente faz por si mesma – quando chega o momento adequado – de tudo o que ela conhece conscientemente somado ao que surge, também como síntese, do inconsciente individual e coletivo.

O INSIGHT

Foi no dia 28 de abril de 2007:

“Logo depois disto eu encontrei Deus. E ele estava sentado meditando e eu era alguém ali... dentro da sua meditação. E ele estava mesmo num trono e me atendia se eu pedisse algo. Lógico! Ele não atenderia a si mesmo? Eu não atenderia meu próprio neurônio? Meu próprio pensamento? Claro que atenderia. E com o amor de a si mesmo atender. Olha como nós somos um!
O único problema é achar que a separatividade existe completamente. Ela existe mas é a exceção que confirma a regra que todos somos Um.
Lá está Ele em Shamballah... Sentado em seu trono meditando nossos acontecimentos... E ele, para mim é um ponto flutuando num mar, como se fosse a própria consciência uma deste mar, cognição secundária dele (do mar)... e eterna para o mar, pois os pensamentos vêm um depois do outro?
E digo mais:
O budismo só não acredita em Deus porque na época de Buda Deus não existia ainda para os homens, ou seja, os homens não poderiam conhece-lo, não tinham meios para isso, vale dizer, veículos ou mesmo material para construir veículo capaz de conhecer Deus: o akasha.
Jesus Cristo se deu em holocausto, matando a si mesmo, porque senão a humanidade se mataria a si mesma por força do que estava prestes a ocorrer, e assim ele pagou o preço de vir para cá o Espírito Santo, ou seja, ele trouxe Deus para a Terra, ou, pelo menos, a possibilidade de se poder conhecer a Deus.
Ainda estava limitado isto, porque a Terra precisaria ser transformada.
O Espírito Santo (Akasha) só restava possível (ainda) para alguns poucos.
JHS veio então e quebrou todas as barreiras que ainda separavam o humano do divino e nesta quebradeira geral acabou ocorrendo reflexamente as redenções todas e julgamentos, etc... de sua vida inteira, que foi ela toda martírios e dores, pois o Um, que havia se tornado alguns, passou a ser de todos. E a Mãe ficou mais tempo e um tempo se espalhando, se espraiando pela Terra inteira, e diz sim: ‘nestas ondas eu vou’, e ia feliz.
Hoje basta budistas meditando dentro das Igrejas e cristãos aquietando-se e silenciando suas mentes em tranqüilas propagações mentais, que todos encontraremos a Deus.
Buda adiantou as coisas. Na época dele não dava mesmo para encontrar Deus, por isso o budismo é uma religião sem Deus.
O cristianismo que acredita no Espírito-Santo precisa aprender a meditar para encher a própria mente de Espírito Santo, a própria alma e assim alcançar o Trono de Deus.
PAI NOSSO
QUE ESTAIS NO CÉU
VENHA A NÓS O VOSSO REINO
O UM NO TODO
O TODO NO UM.

Amém – Bijam.”

Wednesday, September 05, 2007


Thursday, July 26, 2007

Este é do Diogo Dorg - ele pediu pra eu postar aqui - SUPER LEGAL o texto!!!

Arpias X Gárgulas

Vou escrever depois de muito tempo sem postar nada, não é? Vou falar do passado remoto que ainda vive na mente de alguns e que não sabem o que é até hoje o que era naquele tempo o significado de dois nomes, e os que nunca souberam, acho eu, não entenderão nada desse post.

Bom, no passado, uma turma que gostava das noites, conheceram uma turma do sexo oposto a eles, e um deles batizou essa turma com o nome de Arpias (ofensivamente, porém vindo de um cara bêbedo naquele momento, não é de se levar em conta).

Por que Arpias? Arpias porque nos dias normais (onde essa turma de amigos ficam sóbrios) a turma do sexo oposto eram consideradas feias. E nas noites (quando a turma enchia a cara) a turma do sexo oposto ficavam muito bonitas.

Ao chegar isso no conhecimento de outra turma (que nesse momento era outra turma porque as turmas estavam em rumos diferentes e começando caminhos diferentes), o nome de Arpias foi mudado para gárgulas.

Por que Gárgulas? Antes de falar o por quê disso, devo explicar que, a turma do sexo oposto eram BEM, mais BEM grande mesmo. Não eram três ou quatro, no começo eram umas quinze, depois não tinha mais como contar de tantas que eram. Então você, tome cuidado ao querer falar ofensivamente de alguém, sendo que você fazia parte desse meio, dessa turma do sexo oposto. Calma, talvez você que está lendo agora esse texto não tenha nada a ver com isso, mais não julgue por favor.

Gárgulas naquele momento foi outra forma de mascarar o que não era verdade. Porque Arpias também não era verdade, era só alguém se escondendo daquilo que sentia e que achava e tinha medo, ou vergonha de assumir (por que relacionar-se com pessoas que não te agradam? Ou seja, se esconde falando que está bêbado e jogam apelidos mascarando o seu gosto.).

Gárgulas era isso também, porém, gárgulas era o seguinte: turma do sexo oposto que tinham iniciativa, que chegavam pra conversar, que olhavam nos olhos, que trocavam olhares mais intimidantes, e eram bonitas claro, entretanto, não eram todas, algumas realmente não se encaixavam nisso. As gárgulas no sentido mascarado, eram as que encantavam a turma e tinham iniciativa, ou seja, mulheres que tinham seus charmes e suas belezas, essas eram apenas umas 8 ou 15 no máximo. O resto era de fato ofensivamente, como o lance era se esconder, então nada melhor do que falar gárgulas pra tudo o que é mulher, então os próprios integrantes da turma não saberiam ao certo, quais mulheres enchiam os olhos de cada um dessa turma.

Das gárgulas, poucas continuaram vibrando aquela iniciativa, aquele charme que nem precisava do físico para encantar pessoas, a maioria delas, hoje, são pessoas que as turmas de outrora nem se quer olham, perderam o encanto e também mostraram outros valores, mostraram personagens fracas e sem sal.

Hoje não existe mais esse troço de gárgulas, as pessoas assumiram os seus gostos e seus interesses (sou fã de um amigo que chegou e nunca precisou fazer o que essa turma de amigos fizeram, não precisou se esconder, não ligou para os dizeres de outros, dos outros, não liga para o que vão dizer, simplesmente vai e segue aquilo que vibra dentro de si, caminha seu caminho e o mais bonito é a liberdade que se vê claramente nas suas ações, nos seus pensamentos, vai vivendo e pronto), porque antes, todos estavam mascarando, se escondendo, uma coisa bem fraca, muito humana e bem infantil até mesmo, não acho legal não se assumir. O que eu quero dizer com assumir, é simplesmente viver sem ficar se escondendo daquilo que sente por outro, daquilo que pensa de outro, daquilo que quer para com o outro. Se odeio, odeia, se ama, ama. E eu sofri bastante por não falar o que eu sentia por alguém, por guardar só pra mim, por esconder em mim mesmo, porque isso mais tarde acabava que machucando até outras pessoas.

Em conversas naquela época, muitos falavam gárgulas ofensivamente, mais a maioria era só a máscara mesmo, porque ao chegar a noite, indo para a rua, sem estar bêbedo mesmo, já iam todos, pensando nas gárgulas, bebiam como se fosse um brinde ao que depois de umas 5 dozes aconteceria.

Fazer piadinha já era até moda mesmo, vira e mexe tinha uma piadinha sem graça. Mais no dia seguinte, alguns falavam, nossa fiquem com uma. E isso não era uma fala de decepção, era um fingimento de decepção da maioria que falava isso. Alguns realmente apelavam, iam para botecos e beijavam mulheres de uns quarenta e poucos anos e bêbadas e até banguelas. Aí sim, acredito na decepção desses.

Hoje, os nomes mais apropriados para essa turma do sexo oposto que continuaram sendo o que são até hoje, e fisicamente hoje, estão ainda melhores do que antes, mais lindas ainda, e por dentro são o que são e pronto e acabou, não tem esse de: ai eu sou isso, ai eu sou aquilo, isso também é uma forma de mascarar o que se é. Nada vê! É difícil não mascarar o que se é, mais aceitar a personalidade que se tem já é um grande passo. Então hoje, das 8 eu acho, talvez era mais, não dá para saber ao certo, hoje somente algumas delas eu daria outros nomes, talvez Luzes, porque iluminaram os olhos, os caminhos da turma, engrandeceram a turma. Apesar que todas as pessoas dessas turmas acabaram que iluminando também, iluminando no sentido de experiência de vida, de valores e tal. Mais na verdade, não dou nome algum, essa besteira é do passado.

Hoje, cada uma tem o seu nome próprio, e pra mim, cada uma tem o seu valor. E claro, algumas agradam e outras desagradam. Mais no meu meio de convívio, com as pessoas que hoje eu interajo, que hoje eu brinco, essas parecem sempre estar lindas, “duplamente” falando. O único feio fisicamente mesmo sou eu, mais até que tem hora que dá pra notar meio que de “esgueio, rsrsrsrsr” uns traços bonitos em mim, hauhauahuha.

Só tenho que dizer que o passado é o passado, e faço agora uma saudação, com toda a minha sinceridade, sou feliz por ter todos vocês meus amigos que conheço, todos mesmo, até os “malas”, sou feliz por ter conhecido (mesmo que seja um pouquinho só) todos vocês, se deixei algum de vocês triste, me desculpo porque tento me tornar alguém melhor a cada dia. Ainda bem que vocês existem na minha vida e cada um na vida de cada um. É isso aí.

Nossa, o parágrafo acima ficou bem gay né, heheheh... mais é verdade.

E aos outros, que tenham rancor no coração, que tenham inveja, aos “inimigos” né, também agradeço por existirem, porque me fazem crescer também. Só que esse negocio de abaixar escudo e espada pra mim não tem isso não, se me der uma espadada eu defendo com o meu escudo e dou uma “bolachada” na “oreia” mesmo, hehehe... indiretamente é claro, nada físico, o tempo de briga física deixa pro passado mesmo, hehehehe. Mais não disse nunca heim, hehehee... vai que alguém me barra em alguma esquina da vida aí e desse porrada em mim né, hauhauahau.. daí eu me defenderei, acho né, vai que eu afino, hauahuhuhahauhah... ahuahauhuah...

Bom, os que entenderam isso tudo que bom, os que não entenderam que bom também, os que se divertiram que bom, os que se magoaram que bom também, é a vida.

Obrigado por ler esse longo texto.

Diogo Ordine Graça assinando em baixo.