Monday, February 27, 2006

Me deito ao solo:
soterrado.

completamente!

sem ar no fundo de tanta terra
escuro
precisava terra, ser tanta assim?

peso excessivo
me bato:
movimento nenhum.

me rebato e arrebato:
nada.


terra demais que me prende sufocando
o coração vai se arrepende
parando

parando

parado.

mente se rende
fim

silêncio...
movimento nenhum
ordem nenhuma
sentido nenhum

vida se rende, enfim

e vai

sai

não faz mais sentido nenhum a vida
por isso ela vai

e sai

e some
paralelas num torvelinho doce
- Vai!!!
e sobe! aberta por entre tanta terra
assim:
é simples beleza a vida

não faz sentido nenhum
mas é beleza... a vida
e se lança ao sol abrindo folhas
e umas flores
borboletas gostam

caminhos mortos
perfura raízes

no caos.

sobe sefirotal
a árvore do caos.